Resumo O presente artigo foi motivado por uma lacuna no campo das publicações baseadas na abordagem da Grounded Theory (GT), uma vez que pouco se avançou nas discussões referentes à aplicação da Análise Situacional (AS), proposta por Adele Clarke (2003, 2005) e Adele Clarke e outros (2018) nos estudos de gestão. Assim, neste artigo conceitual, buscamos situar a AS tanto nos aspectos ontológicos quanto epistemológicos, comentar suas formas de operacionalização e, por fim, apontar questões da AS que parecem relevantes para estudos de gestão. Nossa discussão jogou luz sobre aspectos relevantes da AS, os quais a colocam em uma posição que avança no sentido de priorizar métodos de pesquisa que contribuam para gerar políticas sociais mais justas e equitativas em diversos campos, além de atender demandas cotidianas da área de gestão. Como conclusão, a AS parece ter trazido novos direcionamentos para a GT depois da virada interpretativa, a saber: abordagens da cartografia, consideração de atores humanos e não-humanos e compromissos sociais, além de ter reunido estudos de discurso e agência, de ação e estrutura, de imagem, de texto e contexto, de história e do momento presente para analisar situações complexas de investigação.
Abstract This paper aims at closing a gap in literature referring to academic publications that approach grounded theory, considering that little advance has been noticed in discussions that encompass the application of situational analysis (SA) proposed by Clarke (2003, 2005) and Clarke, Friese and Washburn (2018) in management studies. Thus, this conceptual paper seeks to address situational analysis considering its ontological and epistemological aspects, to investigate its operationalization forms, and, finally, to indicate relevant situational analysis issues for management studies. Our discussion sheds light on relevant situational analysis aspects, which helps prioritizing research methods that may contribute to create fairer and more effective social policies in several fields and meeting daily demands of the management field. As a conclusion, situational analysis seems to bring new guidance to grounded theory after the interpretive turn: cartographic method, consideration of human and non-human actors, and social commitments; in addition, situational analysis gathers discourse and agency studies, action and structure, image, text and context, history, and the present moment to analyze complex investigations.